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Não sou nem nunca fui muito tradicionalista, e digo isso com medo de parecer reacionário. Mas o que vim tratar aqui hoje é um assunto que muito me incomoda: Certas "retratações" afrescalhadas de seres mitológicos no cinema. Primeiro, avacalham com vampiros e lobisomens; agora o negócio pendeu pro lado dos zumbis. Eu, como um bom fã do gênero, apreciei dezenas de filmes, leio The Walking Dead, assisto The Walking Dead, e sinceramente, estava achando essa modinha zumbi maravilhosa; até ontem. Ontem eu vi num facebook de alguém falando sobre esse filme "sangue quente" que será lançado em agosto. É um ROMANCE de um zumbi bonitinho com uma garota humana! Gente, peraí né?
Acho que só tem duas maneiras do filme terminar bem: Ou ele entra num estado tão grande de decomposição que nem o "amor" da menina faz ela aguentar ficar perto, ou ele a devora completamente no fim, pra ficar mais perto dela. De qualquer forma, eu nem vou ficar sabendo.
Eu queria realmente entender o que passa na cabeça dessas mulheres solteironas que escrevem esses livros(Sangue quente foi um homem que escreveu). Sim, porque quem faz o filme eu entendo que quer ganhar um dinheirinho em cima. Eu ERA um fã dos vampiros antes, lia Anne Rice e me deliciava com os dramas existenciais dos vampiros, todos muito bem retratados, bem sólidos com sua dor diária de "viver". Daí vem a dona Meyer e me apronta aquela. Agora são os zumbis, né. Eu fico imaginando, essas criaturas devem alugar filme de terror sábado a noite pra cobrir o vazio de suas próprias solidões e acabam ficando excitadas com esses monstros, daí pra diminuir a vergonha de si mesmas, tentam criar uma versão minimamente atraente deles, só pode!
Enfim, apesar desse texto inteiro aí em cima, eu não publiquei isso pra dar chilique sobre como o Edward é gay ou nada do tipo. O que justifica minha explicação no começo do post sobre não querer ser reacionário é o que vou dizer agora. Longe de me excluir do grupo que vou citar, eu creio veemente que o cinema e as outras mídias tinham que dar um referencial melhor aos jovens. Como assim? Vou explicar:
Quando nós vemos um filme com um anti-heroi fodão e sanguinário, nós adoramos, mas ao mesmo tempo nós sabemos a papel social dele, ou pelo menos deveríamos saber, já que geralmente nesses filmes, fica explícito o quão absurda é a postura adotada por esses seres. Outro ponto seria a questão de que todos têm defeitos. Sim, sim. Defeitos são características pessoais que podem ser prejudiciais a nós/aos outros, ou não, e que são consideradas pelo senso comum como erradas. Mas geralmente, nas mídias, defeitos são vistos como defeitos, coisas que ou o personagem evolui ao longo da trama ou os outros aprendem a conviver e respeitar o tal defeito, mas este não deixa de ser um defeito. Agora, nos dois filmes que eu peguei pra cristo por exemplo, no primeiro o vampirinho do bem e a mocinha apaixonada nos ensinam que homens devem ser possessivos e controladores, completamente intolerantes a serem contrariados, e as mulheres submissas, prostadas, que o único objetivo de suas vidas é ser notada pelo homem que querem/amam, e mais nada. No segundo filme, PELO AMOR DE DEUS, o zumbi metrossexual mata o namorado da moça com quem vive um romance depois! Eu não vi o filme ainda, posso estar julgando errado, mas de qualquer forma, eu não acho que seja algo legal a se passar aos jovens: "Olha, se você quer aquela menina, mata o namorado dela que ela vai cair de amores por você"/ "Olha, é só tirar ele do caminho ao estilo Malhação que fica tudo bem, querido".
Enfim, uma bosta total.
Esse é o primeiro texto de minha novíssima coluna "A crítica". Opinem, qualquer opinião, a favor ou contrária é sempre bem-vinda!
Escrito por Unknown Em
Critica
A critica: Sobre os filmes de hoje
Não sou nem nunca fui muito tradicionalista, e digo isso com medo de parecer reacionário. Mas o que vim tratar aqui hoje é um assunto que muito me incomoda: Certas "retratações" afrescalhadas de seres mitológicos no cinema. Primeiro, avacalham com vampiros e lobisomens; agora o negócio pendeu pro lado dos zumbis. Eu, como um bom fã do gênero, apreciei dezenas de filmes, leio The Walking Dead, assisto The Walking Dead, e sinceramente, estava achando essa modinha zumbi maravilhosa; até ontem. Ontem eu vi num facebook de alguém falando sobre esse filme "sangue quente" que será lançado em agosto. É um ROMANCE de um zumbi bonitinho com uma garota humana! Gente, peraí né?
Acho que só tem duas maneiras do filme terminar bem: Ou ele entra num estado tão grande de decomposição que nem o "amor" da menina faz ela aguentar ficar perto, ou ele a devora completamente no fim, pra ficar mais perto dela. De qualquer forma, eu nem vou ficar sabendo.
Eu queria realmente entender o que passa na cabeça dessas mulheres solteironas que escrevem esses livros(Sangue quente foi um homem que escreveu). Sim, porque quem faz o filme eu entendo que quer ganhar um dinheirinho em cima. Eu ERA um fã dos vampiros antes, lia Anne Rice e me deliciava com os dramas existenciais dos vampiros, todos muito bem retratados, bem sólidos com sua dor diária de "viver". Daí vem a dona Meyer e me apronta aquela. Agora são os zumbis, né. Eu fico imaginando, essas criaturas devem alugar filme de terror sábado a noite pra cobrir o vazio de suas próprias solidões e acabam ficando excitadas com esses monstros, daí pra diminuir a vergonha de si mesmas, tentam criar uma versão minimamente atraente deles, só pode!
Enfim, apesar desse texto inteiro aí em cima, eu não publiquei isso pra dar chilique sobre como o Edward é gay ou nada do tipo. O que justifica minha explicação no começo do post sobre não querer ser reacionário é o que vou dizer agora. Longe de me excluir do grupo que vou citar, eu creio veemente que o cinema e as outras mídias tinham que dar um referencial melhor aos jovens. Como assim? Vou explicar:
Quando nós vemos um filme com um anti-heroi fodão e sanguinário, nós adoramos, mas ao mesmo tempo nós sabemos a papel social dele, ou pelo menos deveríamos saber, já que geralmente nesses filmes, fica explícito o quão absurda é a postura adotada por esses seres. Outro ponto seria a questão de que todos têm defeitos. Sim, sim. Defeitos são características pessoais que podem ser prejudiciais a nós/aos outros, ou não, e que são consideradas pelo senso comum como erradas. Mas geralmente, nas mídias, defeitos são vistos como defeitos, coisas que ou o personagem evolui ao longo da trama ou os outros aprendem a conviver e respeitar o tal defeito, mas este não deixa de ser um defeito. Agora, nos dois filmes que eu peguei pra cristo por exemplo, no primeiro o vampirinho do bem e a mocinha apaixonada nos ensinam que homens devem ser possessivos e controladores, completamente intolerantes a serem contrariados, e as mulheres submissas, prostadas, que o único objetivo de suas vidas é ser notada pelo homem que querem/amam, e mais nada. No segundo filme, PELO AMOR DE DEUS, o zumbi metrossexual mata o namorado da moça com quem vive um romance depois! Eu não vi o filme ainda, posso estar julgando errado, mas de qualquer forma, eu não acho que seja algo legal a se passar aos jovens: "Olha, se você quer aquela menina, mata o namorado dela que ela vai cair de amores por você"/ "Olha, é só tirar ele do caminho ao estilo Malhação que fica tudo bem, querido".
Enfim, uma bosta total.
Esse é o primeiro texto de minha novíssima coluna "A crítica". Opinem, qualquer opinião, a favor ou contrária é sempre bem-vinda!
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Oi!
Concordo com vc, os filmes de hoje em dia estão tão banais e ridículos, não só os filmes, como as novelas, músicas, desenhos, etc. :(
Obrigada pelo lindo carinho m meu blog, e respondendo sua pergunta, as fotos que tirei foram na Praça da Estação, em Belo Horizonte, um ponto turístico daqui onde eu moro. s2
Tenha uma linda tarde.
Mil Beijinhos. ♥
Bravo Luã. É preciso gente com opiniões fortes... essa sua indignação podia ser extrapolada para muita adaptação de livros ao cinema!
Vim retribuir a sua visita lá n'O Berço, que me deixou muito feliz. E prometo espreitar de vez em quando.
Abraço da Ruthia d'O Berço do Mundo
http://bercodomundo.blogspot.pt