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Pelo direito de morrer em paz

   Lá estava eu, perambulando pelo G1, quando vi a seguinte matéria: "Paciente com doença terminal poderá abrir mão de tratamento, diz CFM".
 

   Explicando melhor, o CFM, ou Conselho Federal de Medicina decidiu que a partir de agora, um paciente pode assinar um documento que prevê que caso esteja numa situação onde não haja solução, como por exemplo, num coma sem volta, nenhum tratamento lhe seja dado. Ou seja, é uma determinada forma de Eutanásia. Sinceramente? Na minha humilde opinião, é um grande avanço! Até porque, o paciente só pode assinar o tal documento estando "lúcido e em pleno gozo de suas faculdades mentais". 
   Não sei se minha opinião é muito válida, já que eu sou a favor de muitas coisas que o povo em geral é contra, mas como eu nunca disse que meu blog era imparcial, vou opinar livremente rs



Sobre essa matéria, a CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil- quanta sigla!) se manifestou contra, dizendo que: "não cabe a cada um a decisão sobre a sua própria vida, no sentido de decidir quando ela começa, ou termina". Mas então cabe a quem?! Gente, desculpa aí, mas foi a coisa mais irracional que eu ouvi/li essa semana, e olha que eu vivo cercado de imbecis (essa parte foi brincadeira). Tipo, apesar de eu ser mais a favor do que contra o aborto, por exemplo, eu entendo que deve haver um debate ético, por se tratar (ou não) da vida de terceiros. Mas isso? Faça-me o favor, seu bispo, ainda diz que  “Um médico preocupado em terminar com a vida humana está como que negando a sua própria profissão, que é cuidar da vida e fazer com que seja vivida cada vez melhor, com dignidade”. 

   Ah, peraí amigo, acho que você nem leu o negócio hein... Só quando NÃO HÁ CHANCES! Onde está a dignidade disso? Onde está o "viver cada vez melhor" em definhar aos poucos, enquanto os familiares a volta se afundam na tristeza? Fora que nem deveria estar sendo discutido tudo isso, afinal, onde fica a escolha individual de cada um? Me desculpe quem for religioso, o que não é meu caso, mas acho que cada um pode escolher sim quando morrer. Quanto a não escolher quando nascer, como ilustrou o Gênio lá em cima, realmente fica complicado, né, mas tudo bem, uma coisa de cada vez. Se existir inferno, e todas essas coisas aí, acho que eu posso escolher ir pra lá por "suicídio" também, não é? Se as objeções dele são em função de argumentos religiosos, onde entra o livre-arbítrio? Ok, me exaltei muito. Não dei mais detalhes da matéria porque o link está no começo do post pra quem quiser ler....

   Mudando de assunto só pra concluir, eu acho o Brasil bem atrasado no quesito doação de órgãos... Como assim, deixar claro pra família? Então se eu quero doar meus órgãos quando morrer e minha família for contra, não importa a minha decisão sobre meu corpo, né? Acho que devia haver um daqueles cartões de doador, porque morto eu só vou servir pra alimentar vermes, enquanto tem um monte de gente por aí precisando desses  órgãos, não tendo e se juntando a mim, triste.


   Mas tudo bem, o que VOCÊS acham disso?


3 Responses so far.

  1. Oi Luã, o seu ponto de vista é muito válido (que interessa se não for o mais popular?). A posição da igreja nessa e noutras matérias também me põe fora de mim...
    Estão sempre a dizer que cada um "deve cuidar da sua vida" e deixar a dos outros em paz. Portanto, sigam o conselho e deixem os outros decidir sobre a sua vida e a sua morte.

    Abraço, amigo.
    Um ótimo fim-de-semana
    Ruthia d'O Berço do Mundo

  2. Cara, se eu te disser que esse foi o tema de hoje escolhido em meu grupo de Sociologia para ser discutido em sala, vc não acreditaria... Pois bem, esse assunto da Eutanásia é bem polêmico mesmo, eu na minha opinião sou a favor, desde que a pessoa tendo consciência daquilo que está fazendo...
    Adorei o texto!
    Tenha um lindo fim de semana.
    Mil beijinhos. ♥

  3. Vc perguntou... vou responder....

    Sou contra! Não cabe a nós ou a outros decidir acabar com a vida.
    Acredito que temos um tempo determinado aqui e que se fizermos aborto, estaremos assassinando um ser, e se concordarmos com ela nova lei, estaremos concordando com um suicídio. Não é à toa que sofremos, ficamos doentes, padecemos.... não sei explicar, mas se passamos por todas essas provações é porque existe um motivo. E se passamos, porque abreviar o que já foi determinado pelo Gênio lá de cima, que nos criou e que cuida de nós? Nesse ponto não acredito no livre arbítrio, porque é no momento de grande sofrimento é que precisamos dos outros... e abreviar uma vida é puro egoísmo de quem concorda em acabar logo de vez com isso.
    Bem, menino... essa é a minha opinião... não é a certa nem a errada, apenas a minha opinião.

    Beijos

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